terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A CRISE DE 29 E A REVOLUÇÃO DE 30

1906: A produção brasileira de café já superava os 20 milhões de sacas. Com os preços em queda, os presidentes das províncias de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais celebram o Convênio de Taubaté, (política de valorização do preço do café), fixando o preço mínimo para a saca de café e uma negociação de empréstimo externo no valor de 15 milhões de libras esterlinas para custear a compra de café pelos governos estaduais; criação de caixa de conversão; fundo para a estabilização do câmbio; imposição de taxa proibitiva para impedir o surgimento de novas plantações.

Celso Furtado em sua obra Formação Econômica do Brasil, resumiu as medidas:
O governo interviria no mercado, adquirindo os excedentes dos cafeicultores; visando estabelecer um equilíbrio entre a oferta e a procura;
O financiamento das aquisições se efetuaria mediante o recurso de capitais obtidos por empréstimos no estrangeiro;
A amortização e os juros do empréstimo, seriam efetuados mediante um novo imposto cobrado em ouro sobre cada saca de café exportado;
Visando solucionar a médio e longo prazo o problema do excesso de produção, os governadores dos estados produtores adotariam medidas visando desencorajar a expansão das lavouras pelos cafeicultores.
Quando os governadores conseguem desencorajar a produção, os preços do produto são mantidos artificialmente altos isso, porém, garante os bons lucros dos cafeicultores que, ao invés de diminuírem a produção de café, continuam produzindo-o em larga escala, obrigando o governo a contrair cada vez mais empréstimos para continuar adquirindo esses excedentes, num círculo pernicioso. O Estado adquiriu e estocou o produto para revenda em momentos mais favoráveis até 1924, ano em que foi criado o Instituto do Café de São Paulo que construiu os armazéns de valorização de café.

Celso Furtado aponta como a maior falha dessa política de valorização artificial do café não se ter incentivado a diversificação da pauta de exportações brasileiras, por meio de subsídios, para assim aliviar a pressão da oferta interna sobre a tendência da queda de preços verificada na época. Contudo, ele próprio concorda que tal ação governamental seria bastante dificultada por não corresponder aos interesses políticos predominantes na época, vinculados à exportação do café. Essa política adotada a partir do Convênio de Taubaté só ajudou a adiar o iminente fim do ciclo cafeeiro no Brasil, que aconteceu com a quebra da Bolsa de Nova York em 1929.

1909: Primeiros efeitos da política de valorização. Os preços internacionais começaram a subir, enquanto a caixa de conversão conservava o câmbio artificialmente baixo.

1914: Durante a 1ª Guerra Mundial, o Brasil enfrenta dificuldade para vender seu produto no exterior. O governo federal e o estado de São Paulo começaram a subsidiar o produto, comprando e estocando.

1917: São Paulo acumula estoque de 3 milhões de sacas.

1918: a superprodução já era uma realidade, porém com a geada de 1918, há um interregno de bonança e o café com grandes excedentes no Porto de Santos, duplicou de preço e é todo vendido permitindo a Altino Arantes, (primo-2º de minha bisavó Ana Margarida de Arantes) um governo (1916-1920) cheio de realizações em São Paulo.

1920: A famosa crise do café que faz parte da história de tantas famílias paulistas que sofreram suas duras conseqüências começa na realidade em 1920, devido ao contínuo, descontrolado e excessivo aumento da produção do café cuja safra chegava a espantosos 21 milhões de sacas para um consumo mundial de 22 milhões, sem nenhum controle técnico/econômico de bom senso sobre o plantio e a produção.

1927: O Brasil exportou 15.115.000 de sacas de café.

1928: Houve mais outra enorme safra de café, porem a exportação caiu para 13.881.000 sacas (menos 11%) já que os EUA, França, Itália, Holanda e Alemanha, que compravam 84% da produção brasileira, estavam irritados com o Brasil e comprando de outros países, pois a nossa fama de exportador de café era péssima uma vez que aqui se misturavam pedras, terra e gravetos para aumentar o peso das sacas, alem de incluir café de qualidade inferior adulterando o produto final.

1929: Já havia uma série de falências e concordatas muito antes da quebra de Wall Street em Outubro de 1929, por exemplo, em Setembro de 1929 o Correio da Manhã anunciava 72 falências e concordatas!

Para piorar o contexto, em Outubro de 1929 os fazendeiros ainda estavam exportando a safra de 1927!! e a safra de 1928 estava toda ela retida nos armazéns de valorização de café que eram gerenciados pelo Instituto do Café que fora criado em São Paulo em 1924 para apoiar os fazendeiros paulistas com auxílio financeiro do governo federal.

Em Outubro de 1929 o Herald Tribune informava que 2/3 do café consumido no mundo inteiro era produzido em São Paulo e que o café representava 3/4 das exportações brasileiras e, por conta da crise mundial, o país estava em precária situação financeira.

Previa-se um déficit de 120.000 contos de réis no orçamento de 1930.

A total falta de planejamento e controle sobre a produção do café era suicida, pois o consumo mundial era de 22 milhões de sacas e o Brasil, sozinho, produzia essa quantidade sem nenhuma previsão firme de mercado comprador determinado.

1929: a safra projetada para 13,7 milhões de sacas chega a mais de 21 milhões e a exportação diminuía cada vez mais! E o valor da saca de café que era 200.000 réis em Agosto de 1929 caiu para 20.000 réis em Janeiro de 1930!!!!!

A crise nos EUA começou a 19/10/29 com a dificuldade de se levantar meros US$ 100.000 em fundos do governo americano. A crise arrastou milhões de pessoas na chamada matança dos inocentes (a famosa quinta feira negra de 24/10/29), onde pessoas ingênuas perderam tudo o que possuíam já que, em poucas horas, 12.894.650 ações trocaram de dono provocando uma das quedas de Bolsa de Valores mais drásticas da história e provocando a miséria de milhares de famílias nos EUA e uma onda de suicídios de investidores. Na Grande Depressão que se seguiu, o PIB dos EUA foi negativo em cinco de um total de oito trimestres, sendo que no pior deles o tombo foi de 7,8%. A inflação chegou a quase 15%, a taxa preferencial de juros bateu em 21,5% e o desemprego quase encostou em 11%.

Em Outubro de 1929 o Brasil pretendia emprestar US$ 50 milhões para permitir que o Instituto do Café ajudasse os fazendeiros paulistas, só que o governo americano recusou o empréstimo, pois não havia mais dinheiro disponível nos EUA para empréstimo externo. A crise de Wall Street numa série de falências de bancos (4.000) e firmas, gerando o desemprego (PIB americano cai 60%) alastrou-se para o mundo inteiro.

Um empréstimo de emergência de US$ 10 milhões da Schroeder and Company foi feito para alavancar o banco do Estado de São Paulo tendo como único motivo a necessidade de financiar o Instituto do Café de São Paulo e tentar evitar a quebradeira geral dos fazendeiros paulistas, acostumados a um altíssimo padrão de vida e renitentes em entender que estavam no limiar de uma drástica mudança de perfil econômico e social mundial, a partir da 1ª Guerra Mundial que devastou as bases da sociedade européia.

A queda das exportações do café diminuiu as importações de outros produtos e os negócios encolhem e provocam o fechamento de empresas. O comércio e a industria diminuem o movimento com a recessão e, como não havia dinheiro na praça, as fábricas quebram gerando um enorme desemprego em cascata que se alastra por todos os segmentos sociais.

O achatamento dos negócios, uma vez que o café está sem comprador, provoca a ruína, a desonra e a desgraça das famílias da aristocracia cafeeira, outrora abastada e acostumada a gastos e luxos que não podem mais manter, e muitos fazendeiros se suicidam ao se verem na miséria, alguns em desespero chegam a recorrer ao jogo para tentar salvar o patrimônio do naufrágio final que os arrastam sem clemência para o desastre total, como já acontecera em 1889 com a 1ª crise do café fluminense.

No Brasil aparecem notícias de falências, concordatas e tragédias familiares:
no Rio a tradicionalíssima firma Oswaldo Tardim & Cia quebra com um passivo de 3.359.534$900, que era uma enorme quantia para a época!
em São Paulo a população está estarrecida com a tragédia do palacete da rua Piauí no bairro de Higienópolis onde o empresário Abelardo Laudel de Moura de 28 anos, afogado em dívidas se arma com uma navalha e tenta matar a mulher, que consegue escapar, ele degola o filho de 2 anos e a filha e, em seguida, se suicida!
no interior o café é queimado, pois não há esperança de venda, nem há como arcar com o alto custo da estocagem do café de várias safras que não conseguem mercado consumidor e os grandes fazendeiros naufragam em dívidas e têm que, no desespero, vender as jóias de família para sobreviver.
Esta crise econômica repercute na disputa presidencial já em pleno conflito com a disposição de Washington Luis de romper o Pacto de Ouro Fino celebrado em 1912 que fixara a alternância de São Paulo e Minas Gerais no poder governamental, com a famosa política café com leite ao insistir no nome de seu afilhado político Júlio Prestes de São Paulo em detrimento do mineiro Antonio Carlos que deveria ser o próximo presidente eleito conforme o Pacto entre a oligarquia de Minas e São Paulo.
A súbita fraqueza econômica de São Paulo (a crise não atinge a economi a do Rio Grande do Sul com a mesma intensidade, pois o estado não dependia apenas do comércio exterior uma vez que vendia charque e arroz para o consumo interno brasileiro), é o fato gerador para alicerçar a ambição política de Getúlio Vargas que mantém, dissimuladamente, a aparência de aliado confiável de Washington Luis de quem, aliás, fora Ministro da Fazenda desde o início do governo em novembro de 1926 até o final de 1927 quando Vargas sai do Ministério para assumir o governo do Rio Grande do Sul.
Algumas forças políticas vêm em Vargas a forte opção para se contrapor a Washington Luís e à política café com leite, opção que evolui no meio efervescente das lutas políticas e interesses de vários personagens como Borges de Medeiros,(o Papa Verde), os tenentes de 1922 e 1924 (Siqueira Campos, Juarez Távora, Cordeiro de Farias), o que restara da Coluna Prestes com a facção marxista do Luis Carlos Prestes e Maurício de Lacerda, os comunistas do Paulo de Lacerda, até culminar com a deposição de Washington Luis a 24/10/1930 (praticamente 1 ano após o crash de 1929) que acaba com a hegemonia de São Paulo e Minas Gerais e promoverá a instalação de uma nova representação social no Brasil.
1930: o governo de Getúlio Vargas tira o poder político de São Paulo e Minas Gerais na política brasileira e muda radicalmente o modelo de sociedade constituída pelas grandes famílias agrárias de São Paulo/Minas Gerais como fonte de poder político e econômico. Getúlio é figurinha carimbada na história do Brasil; sua lembrança tanto serve para os que o odiavam como para os que até hoje o veneram. Para os primeiros, foi o “populista” que produziu um “mar de lama”; para os outros, foi o estadista que implantou um novo modelo de desenvolvimento que, apesar de seus defeitos, perdurou por mais de 50 anos, que bem ou mal incluiu à sociedade do século 20 as massas de trabalhadores pobres e sem direitos. Numa enquête popular realizada em 2007 Getúlio foi considerado o maior brasileiro de todos os tempos!!!
senha Histórica e a 1ª Crise do café de 1889: para entender esta dança do poder e das crises financeiras no Brasil, sempre causadas pela rotina de ascensão e queda das monoculturas brasileiras, vamos voltar no tempo:

ao sec. XVI/XVII açúcar: com o poder nas mãos dos riquíssimos senhores de engenhos de Pernambuco/Bahia que abasteciam o mundo com o açúcar a peso de ouro produzido nos engenhos de açúcar, que são o 1º grande motor agrário da economia do Brasil fazendo os primeiros milionários do Novo Mundo, como informam os registros de Pernambuco que, em 1580, apontam fortunas de 80.000 cruzados e em 1590 algumas fortunas superiores a 200.000 cruzados;

ao sec. XVIII ouro: com o poder nas mãos dos riquíssimos mineradores de ouro e diamantes de Minas Gerais que reconstruíram Lisboa e enriqueceram a Inglaterra e davam a Ouro Preto, em Minas Gerais, (120.000 habitantes), um luxo, riqueza e uma vida cultural de cidade européia no sertão do Brasil colonial, no apogeu da extração do ouro e brilhantes; que reconstrói Lisboa após o terremoto de 1755, (quando morreram 40.000 pessoas), graças ao ouro brasileiro (foram 1.094 toneladas de ouro e 3 milhões de quilates de brilhantes ou 2.500 toneladas de ouro e 1,5 milhões de quilates de brilhantes)

ao sec. XIX café fluminense: com o poder nas mãos dos riquíssimos cafeicultores, pois há uma correspondência, inequívoca, entre a força da província fluminense com o seu poderio econômico alicerçado no café e a força do Império Brasileiro dos Bragança, pois enquanto a província foi poderosa o Império brilhou e quando a província enfraquece o Império acaba.

É a 1ª Crise do café no Brasil nas terras fluminenses, provocada pela exaustão das terras e pela abolição da escravidão, que provoca a ruptura do Império e leva à República em 1889. Nesse caso não houve problema de superprodução, como a crise paulista de 1929, mas uma conseqüência do modelo de produção uma vez que houve uma total miopia do problema técnico por esses fazendeiros, pois eles não recompunham a força da terra exaurida pela cultura predatória sem adubação e, para aumentar a produção, plantavam sem nenhum cuidado de respeitar as curvas de nível e desmatavam ferozmente a mata virgem para ampliar as áreas de plantio alterando o microclima da região o que destruía os morros de terra nua após as chuvas, além disso os fazendeiros se prenderam, irresponsavelmente, ao valor do escravo como reserva de ativo financeiro seguro e, num instante, ficam sem os 2 ativos, pois os escravos são libertados sem indenização do estado e as terras cansadas e exauridas não tem mais nenhum valor comercial e, conseqüentemente, as famílias dos barões do café fluminense conhecem o desespero e a miséria que destrói o passado majestoso da região.

Hoje a região fluminense de Vassouras e Valença é uma sombra do que foi, não mais se avistam os extensos cafezais, que chegaram a ter 500 milhões de pés plantados, os palacetes das cidades estão em ruínas e as poucas soberbas sedes de fazenda que resistiram à decadência e aos cupins estão, todas, nas mãos de novos proprietários que, em alguns casos, fizeram intervenções, restaurando parte do esplendor do passado, porém em outros casos, nada foi feito e as sedes estão em plena decadência, arfando nos estertores finais de uma centenária trajetória que conheceu um formidável tempo de prestígio e glória para a sociedade agrária brasileira;

ao sec. XX café paulista: o poder do café chega a São Paulo na República do café com leite que proporciona a luxuosa belle époque paulista ainda ligada ao poder político/econômico agrário que sucumbe com o crash de 1929, na 2ª Crise do café, até chegar aos novos donos do poder, comerciantes/industriais, a partir de 1930, na dinâmica social que agita os países no limiar da 2ª Guerra Mundial.
Conclusão: a partir de Vargas, (que é uma conseqüência direta da Crise de 1929), o contexto social brasileiro sofre a influencia da multiplicidade das origens raciais, sem raízes no país, que formam um novo tecido social amplo e complexo com a participação dos imigrantes estrangeiros: italianos 1,6 milhão (só entre 1886/1900, entraram 921.000), espanhóis 694.000, alemães 250.000, japoneses 229.000 e árabes que mesclam à sociedade brasileira novos temperos que, até 1929, consegue manter uma certa similitude com o padrão de representação social-agrário como o fluminense dos tempos do Império destruído em 1889.

Com o crash do café em 1929 e o tremendo empobrecimento dos fazendeiros que se segue, muda definitivamente o padrão socioeconômico e o poder passa, rapidamente, das grandes famílias agrárias brasileiras para os industriais/empresários urbanos, majoritariamente estrangeiros, de origens e culturas diferentes onde o que qualifica, e diferencia, a importância das famílias, é a quantidade de dinheiro que elas têm e que estabelece a hierarquia social, sendo a única linguagem comum compreendida por todos esses novos atores da transformação social.

Assim sendo, o secular poder da aristocracia agrária brasileira passa radicalmente para os industriais e comerciantes, que se instalam como os novos mandatários do poder e donos do dinheiro e são eles que passam a moldar a dinâmica social com o êxodo do campo e a urbanização da nova sociedade através de uma linguagem sem fronteiras, que todos entendem, que é o dinheiro e o que ele pode comprar.

Essa nova sociedade que se forma no rastro da crise de 1929, tanto no país, como no mundo, segue em uma transformação acelerada até eclodir a 2ª Guerra Mundial. Porém há que se observar que, em todas estas transformações sociais se mantém o conceito da permanência histórica das elites no comando das mudanças sociais sempre manobrando em proveito próprio, que faz:
tudo mudar para continuar igual!!!

Fontes pesquisadas para estruturar este trabalho:

#Histórias de minha família, fonte primária: fazenda Baguary, Araraquara, SP.

#1930, Os Órfãos da Revolução, Domingos Meirelles, Editora Record, 2006, que é a base principal de informação dos dados técnicos que quantificam o trabalho. Produção de café: pgs: 332, 333, 431, 638, a exportação em 1927 de 15.115.000 de sacas é 2/3 do consumo do café no mundo, ou seja, o total consumido é de 15.115.000 dividido por 2 e depois vezes 3 o que dá: 22.672.500 sacas para o consumo mundial.

#Grupos qualitativos e disputa sem qualidade, artigo de Carlos Alberto de Melo, Cientista Político, doutor pela PUC-SP, Professor de Sociologia e Política do Ibmec São Paulo.

#Alcântara Machado (AM), José de, - Vida e Morte de Bandeirante, São Paulo, Martins, 1972.

#A Cidade e o Planalto, Gilberto Leite de Barros, Martins, 1967, I Tomo, em especial as pgs: 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16,17, 19, 21, 22, 23, 27, 28, 29, 35, 36, 37, 38, 40, 41, 44, 45, 49, 53, 54, 57, 60, 82, 83, 85, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 123, 124, 164, 168, 169, 173, 174, 180, 186, 188, 191, 193, 196.

#O Leopardo, de Tomaso de Lampedusa.

#Omegna (NO), Nelson, A Cidade Colonial, Brasília, Ebrara, 1971.

#Bueno (EB), Eduardo, Naufrágios, Traficantes e Degredados, Rio de Janeiro, Objetiva, 1998.

#Brasil: uma História, Eduardo Bueno, Atica, 2003.

#Barões e Escravos do Café, Sonia Sant´Anna, 2001.

#A Coroa, a Cruz e a Espada Eduardo Bueno, RJ, Objetiva, 2006.

#Café e Ferrovias Odilon Nogueira de Matos, 4ª Edição, 1990, pgs: 29 a 34.

#O feudo, Luiz Alberto Moniz Bandeira, RJ, Civilização Brasileira, 2ª edição, 2007Brasil.

#Tragédia em Wall Street, Aventuras na História, Julho 2008, Editora Abril.

#Wikipédia: Convênio de Taubaté, #www.castanhal.com.br: História do café: Desde o Convênio de Taubaté, 1906 a 2006.

#Jack Welch com Suzy Welch, Portal Exame, 05/12/2008.

#VASSOURAS a Brazilian Coffee County, 1850-1900 Stanley Stein, Harvard University, 1957:

retrata de maneira clara e objetiva o começo, formação e início da decadência de Vassouras, quando terminam as matas virgens para derrubar e plantar e a rotina míope dos vassourenses que não adubam ou cuidam de proteger a terra onde plantam; e eu nunca tinha lido sobre a confusão e decadência que causou a implantação da estrada de ferro (D. Pedro II) para as vendas e comércio da estrada de terra (Estrada da Polícia). Também me impressionou a mudança das tropas de mulas (cada uma com 9 arroubas) que custavam 33%!!!!!!!!! do que valia o café para transportá-lo até o Rio e quando chega o trem que facilita tudo e fica rei o carro de boi que carregava 100 arroubas até as estações e derruba o custo do transporte e a perda de café e mulas nos constantes acidentes anteriores e Vassouras fica riquíssima e muito sofisticada no seu modo de vida.

Pg 226 os escravos entre 1857-58 valem 73% do valor da fazenda.

Pg 246 em 1882 o escravo é o que vale nas fazendas, pois tem liquidez e as terras estão exauridas.

Pg 247 as propriedades em 1888 desvalorizam 10 vezes em relação a 1860 e o escravo tem valor zero na composição do valor das fazendas.

Pg 251 estima m 500.000 escravos libertos em maio/1888.

pg 260 estima em 500 mil contos de réis a necessidade de dinheiro.

Pg 286, 287, 288: o pasto invade os cafezais e o êxodo das famílias dos antigos fazendeiros segue firme.

Pg 293

em 1825 > 1US$ dolar = 1 conto de reis e passa a equivaler em:

1850 > 0,58US$ dólar = 0,58 conto de reis

1900 > 0,19US$ dólar = 0,19 conto de reis

Pg 294 estima em 17.319.556 hab. a população do Brasil

Pg 295 estima em 1887 > a existência de 637.602 escravos


BANDEIRA NACIONAL

Nesse dia - um sábado de céu azulado -, recusando-se obedecer as ordens das Cortes Portuguesas, D. Pedro, às margens do riacho Ipiranga (Rio Vermelho - do tupi), em São Paulo, proclamou a emancipação política do Brasil. Depois de proferir o brado de "Independêcia ou Morte!" e de ordenar "Laços Fora!", arrancando do chapéu o tope português, exclamou: "Doravante teremos todos outro laço de fita, verde e amarelo. Serão as cores nacionais".



No dia 18, D. Pedro I firmou os três primeiros atos oficiais do Brasil independente.

No segundo decreto, decidiu criar um novo tope nacional e ordenou: "O laço ou tope nacional brasileiro será composto das cores emblemáticas: verde de primavera e amarelo de ouro ...."



Escudo do Brasil Império, com os ramos de fumo e café, as

estrelas/províncias, a cruz de Cristo e a esfera armilar lusitana

O terceiro decreto, publicado em 21/9/1922, criou a Bandeira Nacional: "... hei por bem e com o parecer do meu Conselho de Estado, determinar o seguinte: será, dora em diante, o escudo de armas deste Reino do Brasil, em campo verde, uma esfera armilar de ouro, atravessada por uma cruz da Ordem de Cristo, sendo circulada a mesma esfera de 19 estrelas de prata em uma orla azul; e firmada a coroa real diamantina sobre o escudo, cujos lados serão abraçados por dois ramos de plantas de café e tabaco como emblemas de sua riqueza comercial, representados na sua própria cor, e ligados na parte inferior pelo laço da nação. A bandeira nacional será composta de um paralelogramo verde, e nele inscrito um quadrilátero romboidal cor de ouro, ficando no centro deste o Escudo das Armas do Brasil".

domingo, 14 de fevereiro de 2010